As datas comemorativas são sempre um momento de grande destaque para as campanhas de comunicação. São nas peças de Dia das Mães, Natal, Ano Novo que as marcas criam ações para encantar seus consumidores e assim, ampliar seu reconhecimento. E são nestas datas também que vemos escancarados os estereótipos e preconceitos que insistem em habitar na publicidade brasileira.
Mesmo vivendo em um país plural, em que há uma diversidade imensa de cores, formas e hábitos, a publicidade ainda persiste em ser branca, heteronormativa e conservadora.
Expandir a familiaridade com a diversidade, ampliando a exposição das diferenças que temos em nossa sociedade, além de contribuir para a criação de novas perspectivas, promove a aceitação e diminuir os conceitos equivocados que promovem o preconceito e a discriminação, é o papel de marcas que se preocupam com valores que ultrapassam o comercial.
Conteúdos mais personalizados, consumidor mais exigente
A popularização em massa dos recursos tecnológicos de comunicação vem tornando a publicidade cada vez mais personalizada.
O uso de dados possibilitou às marcas compreender muito profundamente seus clientes: seus hábitos, suas necessidades, seus desejos. Como consequência, a publicidade vem se tornando individualizada, o que reflete na forma como os clientes interagem: ou um conteúdo é feito sob medida para as necessidades do usuário, ou ele é simplesmente ignorado. Porém, mesmo diante de tantas informações, a comunicação das marcas ainda continua arcaica.
Poucas são as marcas, principalmente aquelas de médio e pequeno porte, que propõem uma comunicação diferente. As razões para isso acontecer são variadas e podemos apontar algumas: resistência em mudar a estratégia de comunicação, receio de críticas que podem ocorrer, falta de diversidade das equipes, entre muitas outras.
Diversidade não é caridade!
Os consumidores não estão mais dispostos a consumir apenas por consumir.
O maior acesso a informações tornou o consumidor mais consciente de suas escolhas. Existe um entendimento muito maior sobre a implicação de cada compra e como consequência disso, serviços e produtos feitos por empresas que desrespeitam valores que são estimados por seus clientes, estão com seus dias contados.
Ao comprar um produto ou serviço, o usuário não quer apenas possuir um bem, ele quer se sentir fazendo parte de algo!
O consumidor não aceita mais uma publicidade monotemática, com os mesmos rostos, os mesmos cenários, os mesmos discursos, já que isso não o representa.
As pessoas não querem mais se associar a marcas que não estejam alinhadas com seus valores e se as marcas não conseguem construir uma mudança de posicionamento por razões éticas e morais, então, deveriam reconhecer o impacto financeiro das novas demandas.
A atualização da pesquisa Visual GPS, da Getty Images, com a YouGov, divulgada em 2020, mostra que 62% dos entrevistados afirmaram que se sentem discriminados pelas peças publicitárias atuais. ( Link da matéria )
Ou seja, quando há consumidores insatisfeitos, a consequência para a marca é a perda de espaço no mercado!
Sem representatividade não há mudança
Há inúmeras discussões sobre a importância de uma marca em se posicionar sobre determinados assuntos que são de interesse de seus consumidores.
A busca pela empatia do público é um desejo infindável de toda empresa e expor certos posicionamentos pode criar repercussões negativas, por isso, é muito importante que as marcas estejam cientes das possíveis consequências e, principalmente, das demandas de seus clientes.
Uma pesquisa feita pela McKinsey & Company, empresa de consultoria empresarial americana, intitulada "A diversidade como alavanca de performance", mostrou, através de dados e análise que, equipes mais diversas apresentam soluções, serviços e produtos de maior valor agregado. ( Link da matéria )
Os consumidores estão muito mais atentos na forma como as empresas de que eles consomem se colocam diante de questões que são de seus interesses, sejam elas sociais, políticas, econômicas.
E como é possível promover uma comunicação mais diversa?
Não há uma resposta única para isso, mas existe um caminho que garante bons resultados: tendo mais diversidade nas equipes!
Quando os idealizadores das campanhas são profissionais com perfis e padrões de vida semelhantes, com referências e repertórios parecidos, o resultado que se tem é o reforço dos velhos clichês.
Diversidade nas equipes pluraliza as vozes, criando um ambiente mais empático e propenso às inovações.
Estimular ambientes mais diversos, criando uma estrutura capaz de incorporar pessoas com diferentes experiências e valores, é reconhecer o contexto múltiplo em que vivemos.
A importância do posicionamento
Criar uma comunicação mais diversa e construir ações mais inclusivas é um grande objetivo que temos aqui na Bang.
Para a campanha do Dia das Mães de 2021, divulgamos em parceria com Elton Sabatino a campanha "SER MÃE É MARAVILHOSO", cujo objetivo foi apresentar uma história silenciada, que acontece longe da atenção e reconhecimento da sociedade.
Nela, apresentamos a família da Viviane e Ivanete e a luta destas duas mães para ter reconhecida a maternidade do filho Heitor. Uma história de luta, resistência e, principalmente, de amor!
Compreender as transformações sociais e a diversidade familiar é um ato de cidadania e a Bang cumpriu seu papel em contribuir para um mundo mais tolerante.
E isto é possível graças a nossa política de valorização da diversidade que permite um ambiente plural e cheio de diferenças, compartilhando valores que nos possibilitam perceber que o mundo pode ser muito maior do que imaginamos.
Agências, profissionais de marketing digital e demais profissionais que lidam diariamente com a comunicação, têm o dever de compreender a dimensão de suas atuações e agir a fim de contribuir para um mundo mais igualitário.
Na Bang, estes são valores invioláveis. Por aqui, nossa maior missão é desbravar o mundo com coragem.